
ENDEREÇO: Av. dos Bandeirantes, 1663 - Vila Olímpia, São Paulo
O primeiro DiPaolo (salvem o nome desse restaurante em algum lugar, já aviso) foi inaugurado na década de 1990 no Rio Grande do Sul. Traz uma culinária típica italiana, tendo como prato principal o galeto: um frango jovem com cerca de 500g temperado com vários condimentos, como sálvia, alho, sal e vinho. O local já foi eleito pelo Guia Quatro Rodas por mais de dez anos consecutivos como o "Melhor Galeto do Brasil".
Segundo o site, possuem uma missão: "proporcionar uma experiência memorável ao servir, com o mesmo padrão e a mesma qualidade DiPaolo do primeiro ao último cliente, para que as pessoas saiam mais felizes das nossas casas do que quando entraram.". Ainda citam a essência do restaurante: "ser simples e eficaz; saber fazer e querer fazer; saber servir e saber ensinar; garantir qualidade em tudo que fazemos.". De abrir um sorriso, né?

O restaurante é muito bonito! Traz um ambiente muito aconchegante e elegante. Ênfase para os lustres: no formato de galinhas! Hahaha Adorei! O atendimento também é incrível!! Todos os garçons muito atenciosos e simpáticos! Sempre muito atentos para logo retirarem o prato quando você já terminou de comer, ou então substituir um outro que já tenha acabado, garantindo que sempre sua comida esteja fresca e quente!

Para os que não conhecem, o DiPaolo tem o conceito de "Serve à vontade na mesa". Ou seja, você não precisa ficar lendo cardápio nenhum, somente aguardar pela comida e encher a pança. O que está incluso: "Sopa de capeletti, pão caseiro, galeto al primo canto, massas (spaghetti, tortéi e nhoque), molhos (tradicional, tomate seco, funghi, quatro queijos e alho e óleo), polenta na chapa, polenta frita, queijo à dorê, salada de batata com maionese, radicci com bacon e salada de folhas". Portanto, vá com MUITA fome. Do tipo já quase desmaiando e com a glicose lá embaixo. Eu fui assim: já com minha mão tremendo. Isso acontece quando eu fico sem comer por um longo período. A gula mandou um "oi". Prontos para embarcar nessa comilança? Porque agora vem a descrição dos pratos!

O QUE ACHEI:
No início você vai ficar com o seguinte pensamento: "Bora, pode mandar!". No final: "Não aguento mais.". Vai vendo. Primeiro chega a cestinha de pães fatiados.


Ai... Esse pão... Divino! Pensa: super macio no miolo, a ponto de ao puxar, ele só vai se desfazendo lentamente, podendo ver a massa se esticando e soltando aos poucos. Que cena! Mas... Aconselho você não comer muito, para sobrar mais espaço para a carne, a melhor parte.

Logo depois vem a sopa de capeletti, a qual você provavelmente vai julgá-la sem graça. É... Quem vê aparência, não vê coração. Confesso que julguei. Porém, ao provar... Foi algo meio inesperado.

Aquele caldo somado ao sabor de carne do recheio da massa me recordou... coxinha de carne. É sério. Quando você provar, vai me entender. Estava delicioso! Eu podia comer só aquilo que eu sairia feliz do restaurante. Mas não. Aquilo era só o começo do banquete.

Em seguida, chegaram vários pratos de uma só vez: salada, radicci, queijo à dorê, polenta frita e na chapa, maionese e galeto. Nem sabia por onde começar. Alface dispensa comentários, certo? O queijo à dorê, sendo sincera, aparentava ser mais gostoso do que realmente era. A casquinha dourada estava linda, entretanto ao morder a textura era um pouco murcha e o queijo nada de puxa-puxa. Uma pena. Poderia ser um arraso.


A polenta na chapa não encantou, mas a frita estava irresistível! Crocante, sequinha e saborosa!


A maionese... Que maionese! Maravilhosa de querer comer mais e mais.


Já o radicci (o qual só descobri depois de um certo tempo que era um nome fino a se dar ao que, até então, eu estava chamando de "salada de mini rúcula") foi uma supresa! Não era amarga, pelo contrário, tinha um sabor bem suave e, apesar de eu comer salada mais pela questão de ser saudável do que prazeroso, dessa vez o papel inverteu. O bacon quebrava com a parte fitness, porém deixava a rúcula tão mais gostosa! Pedimos várias vezes! Comi salada com o maior prazer. Estranho.
E aí que vem o galeto. Só de lembrar, já salivo.

A pele super dourada te dando a certeza que aquilo vai estar fabuloso. Tão pequenino, tão cheiroso, tão saboroso, tão tenro, tão suculento! De fechar os olhos e se perder. E só de pensar que eu podia repetir esse prato infinitas vezes... Que paraíso! Lembra que citei que os garçons eram muito atenciosos? Na mesa você percebe isso facilmente. Era só pegar a última polenta que ele já retiva o prato e trazia outra fresquinha. Lá eles não te olham com cara feia se você pedir mais e mais comida. Pelo contrário: eles insistem em trazer. Fartura é a regra do DiPaolo. Quando o refrigerante acabava, eles já enchiam o copo novamente. Quando percebiam que determinado prato já estava frio, mesmo que intocado, retiravam e traziam um novo. Imagino que muita comida vá para o lixo nessa, mas infelizmente é o preço para manter a qualidade.

E depois de tudo isso você pensa que acabou? Ainda tem o rodízio de massa. Tantas opções que você fica com vontade de provar tudo. Triste que depois de tanta comilança isso não foi possível. A barriga já pedia socorro. Pedimos o Nero Bianco (pois tinha uma diferença: spaghetti com fios tingidos com tinta de lula) com molho de ragu de costela.

Não foi a único. Depois pedimos mais. "Ué, você não disse queda estavam cheios?". Não me pergunte. Eu também não sei como conseguimos comer mais. Porém no geral as massas são muito boas. Ao dente e bem feitas. Segue o menu com as opções.



Okay. Agora chega né, Naomi? Não. A sobremesa. Entenda: quando você vai em um restaurante que não dá para ir com frequência, pedir sobremesa é lei. Pedir o doce carro-chefe é o mínimo também. E foi assim que decidimos: escolhemos o "Sagu com creme, feito com vinho Bordeaux Colonial", mesmo não sendo fãs de sagu.

Achei que o sagu poderia ser mais macio. Dava para sentir ele meio durinho. O creme estava gostoso e o vinho também! Minha única crítica vai para o cravo colocado no caldo. Entretanto, isso é algo particularmente meu, pois não curto a especiaria. O gosto do cravo acabou se sobressaindo. Acho que se tivesse somente o vinho, eu iria gostar mais.
"Ainda tem mais comida ou chegou ao fim?". Sim, a sobremesa colocou o ponto final no banquete. Não entrava mais comida. Nem o cafezinho rolou. Buchinho cheíssimo. O DiPaolo foi um restaurante que entrou para a lista dos queridinhos. É um lugar que eu recomendaria para todos que moram em SP ou no RS. Apenas vão! É de se apaixonar!
PREÇO:
R$81,00
Antes de soltar um "que caro!", pense no tanto de comida de qualidade que você irá comer. É um preço justo.
Comments